Viva o México – chegar, ver e gostar!

Passou menos de um mês desde que cruzámos a fronteira em Puerto Palomas e entrámos no estado de Chihuahua.

Foi uma grande mudança. De país. De idioma. De dinâmica. De cores. De pessoas.

Assumimos o risco da generalização e afirmamos que tudo o que encontrámos depois da passagem da fronteira é diferente da viagem que ficou para trás.

Aqui, sentimos uma espécie de adrenalina que nos convida a saltar para dentro da identidade da cultura latina. Há mais proximidade. Mais calor. Mais olhares e interatividade.

Até agora, podemos apenas falar do estado de Chihuahua. Aquele que nos deu as boas vindas e que já quase atravessámos de norte a sul.

Começamos por vos contar sobre as pessoas. As pessoas têm sido o lugar mais especial desta viagem. E o México não está a ser exceção.

Numa palavra, aqui as pessoas são: Entusiasmo! Se quisermos escolher duas palavras, ao entusiamo juntamos a hospitalidade. Nos diversos encontros amistosos que tivemos pelo caminho, aconteceram diversas surpresas.

Algumas delas:

- Ofereceram-nos lugares para passar a noite

- Convidaram-nos para comer e ofereceram-nos comida para o caminho

- Levaram-nos a conhecer lugares turísticos

- Pagaram-nos uma noite num hotel muito bom

- Entrevistaram-nos para a impressa local

- Várias pessoas vieram ter connosco a dizer que nos tinham ouvido falar na rádio

- E deram-nos dinheiro (para ajudar a pagar um hotel quando procurávamos outro que fosse mais barato).

Em Ascención a jantar com o César e a sua famíla

Entrevista em Nuevo Casas Grandes

Com a Perla que nos levou a conhecer a zona arqueológica de Paquimé

O povo mexicano tem-nos recebido de uma forma muito especial!

Depois das pessoas, vamos falar-vos sobre a comida.

Pequeno almoço picante

Já experimentámos:

- Tacos

- Burritos

- Tamales

- Pimientos Rellenos

- Caldo de Res

- Enchilladas

- Entomatada

- E gorditas.

Em restaurantes ou comprada a vendedores de rua, a comida mexicana é muito saborosa.

Comprar tamales com o Dani e a Fer em Jiménez

Claro que somos um bocado gozados porque não somos apreciadores de picante… E aqui quase todas as comidas picam. O ingrediente por excelência é o “chile”. E, da comida, ouve-se dizer: - “Si no pica, no sabe!”

Aos poucos, estamos a descobrir estas novas receitas. E falta-nos ainda todo um país por experimentar. Ouvimos dizer que lá mais para o sul até somos capazes de encontrar uns petiscos com insetos…

Para terminar esta partilha, falta-nos escrever sobre a atmosfera agitada, o ritmo do trânsito e a dinâmica nas ruas. Existe uma espécie de desordem constante da qual é preciso fazer parte para seguir em frente. Quanto menos lhe resistirmos, mais facilmente fluímos e vibramos no mesmo ritmo.

Cidade de Chihuahua

Ainda estamos a habituar-nos às estradas sem berma. Às cidades grandes e ao seu trânsito desalinhado. Aos carros que não param nas passadeiras. Ao ar saturado do fumo dos escapes…

No lado bom da desordem, já estamos a gostar de que hajam sempre muitas pessoas na rua. Que a música saia bem alto das colunas colocadas nas portas das lojas. Que haja movimento, cores e diversidade nos mercados.

Interessamo-nos pela religiosidade e pela devoção que vemos em cada pessoa e nas muitas igrejas. Admiramo-nos com a quantidade de mulheres arranjadas e maquilhadas e com os homens que usam chapéu e botas ao estilo rancheiro. Deliciámo-nos com as cores vivas.

Parral

Seguimos o movimento agitado com a alegria de fazer parte dele, ainda que de passagem… de viagem. Com um México inteiro ainda por desvendar.