Fomos até perto de Coimbra - Figueiró do Campo - subindo pela Costa e descendo pelo Interior.
Aqui fica a indicação aproximada da rota que pedalámos:
Mapa do Percurso de Ida: Lisboa - Figueiró do Campo |
Mapa do Percurso de Regresso: Figueiró do Campo - Lisboa |
Tiago, Daniela e Pedro |
Percorremos, no total, cerca de 550 Km.
Nesta viagem acompanhou-nos o nosso amigo Pedro, que costuma usar a bicicleta em Lisboa, para fazer o caminho entre casa e o trabalho e que se estreou, desta vez, numa viagem mais longa! :)
Gostámos de ter mais uma pessoa a viajar connosco e esperamos que hajam outros amigos que se juntem a nós durante alguns percursos da América a Pedal.
O CAMINHO DE IDA - LISBOA // FIGUEIRÓ DO CAMPO
A viagem começou no dia 9, com um encontro na ciclovia da Avenida Duque de Ávila.
Chegámos todos mais tarde do que o combinado porque... garantir que temos tudo na bagagem, descer as escadas do prédio com as bicicletas e montar os alforges todos direitinhos, leva sempre mais tempo do que o planeado - normalmente somos muito otimistas com o tempo e temos a ilusão de que podemos ser rápidos, mas isso nunca acontece! ;)
O trio em frente ao Palácio de Mafra |
Dia 1 - Saída de Lisboa - Chegada à Ericeira (57 Km)
Saímos em direção a Loures, pela Alameda das Linhas de Torres, e entrámos na Calçada de Carriche quando esta termina (perto das Bombas de Gasolina). Apanhámos algum trânsito por ser de manhã e dia de semana. Aquela saída é bem movimentada mas lá nos coordenamos todos para chegar a Loures sem percalços.
Seguimos até à Malveira, passámos por Mafra e chegámos ao parque de campismo da Ericeira onde parámos para passar a noite.
O dia foi tranquilo e descansado. Tivemos apenas uma subida grande, antes da Malveira, que nos custou a fazer.
Mas, sendo o primeiro dia de viagem, ainda estávamos fresquinhos e cheios de energia.
Dia 2 - Ericeira - Ribafria (Peniche) (55 Km)
Iniciámos uma "tradição" a que chamámos "começar cada novo dia com uma subida" :) O que nos aconteceu praticamente todos os dias da viagem! Ao sair do parque de campismo da Ericeira começamos a subir, primeiro de forma gradual e a seguir com uma rampa que faz doer qualquer coxa!!
Depois de chegar lá em cima, temos uma vista linda sobre as praias, uma descida bem longa e um grande pedaço de ciclovia na zona de Santa Cruz, que compensam todo o investimento (físico e mental) feito na subida anterior.
Mais à frente, quando chegamos a Porto Novo, subimos outra vez.
E, numa pequena povoação, chamada Masseira (Torres Vedras) deparamo-nos com uma "parede" super inclinada e levamos as bicicletas à mão...
Foi um dia fisicamente exigente mas, no final, soube bem a sensação de auto-superação!
Dia 3 - Ribafria (Peniche) - Nazaré (56 Km)
Em Arelho, depois da grande chuvada! |
Passámos por uma terra chamada Vau, onde encontrámos pessoas muito simpáticas e disponíveis que nos ajudaram com as direções, pois queríamos ir por um caminho que não tínhamos no mapa e precisávamos de orientação.
Neste dia, o tempo começou a piorar e, perto do Arelho (Lagoa de Óbidos) apanhámos uma chuva bem intensa. Sem sítio para nos abrigarmos, vestimos os impermeáveis e seguimos debaixo de água durante algum tempo - em alguns momentos parecia mesmo que nos atiravam baldadas de água para cima, tal era a intensidade.
Depois da tempestade, veio a bonança e passámos por São Martinho do Porto, subimos a estrada que nos conduziu até ao caminho de onde se avistavam as praias lá em baixo e que nos deixa ver a Nazaré lá ao longe.
A caminho da Nazaré, que se vê ao fundo |
Pedalámos ainda até à Nazaré e acampámos no parque de campismo de Vale Paraíso.
Dia 4 - Nazaré - Mata do Urso / Lagoa da Espinheira (56 Km)
Saímos da Nazaré, em direção à estrada atlântica, onde entrámos numa ciclovia enorme!!
Pedalámos durante todo o dia nesta ciclovia, fazendo uma viagem ainda mais descontraída e confortável.
Neste pedaço do caminho, cruzámos o Pinhal de Leiria e passámos pela Mata do Urso, onde está a Lagoa da Espinheira. A paisagem é sempre verde e o piso quase sempre plano, o que tornou este dia um dos mais bonitos e leves da viagem.
Dia 5 - Mata do Urso / Lagoa da Espinheira - Figueiró do Campo (50 Km)
Fomos mesmo muito rápidos neste dia! :) A distância que, nos dias anteriores, nos tinha levado quase todo o dia a fazer, neste dia levou apenas a manhã (entre as 8h30 e as 13h30).
Achamos que isso se deveu ao facto de, em Figueiró, estarem à nossa espera os pais do Tiago com um almoço super saboroso! ;) Foi uma motivação extra, definitivamente!
No início do dia ainda pedalámos uns 10 Km em ciclovia e a partir de uma povoação chamada Carriço, voltámos à estrada normal. Seguimos em direção a Soure e depois, pela estrada da Ega, chegámos a Figueiró.
Aqui, aproveitámos para desfrutar de uns dias de descanso na calmaria rural.
Iniciámos o caminho de regresso depois de três dias de "papo para o ar".
O CAMINHO DE REGRESSO - FIGUEIRÓ DO CAMPO // LISBOA
Na viagem de regresso fizemos etapas maiores... Não porque quiséssemos andar muito mais, mas porque cometemos uns quantos erros de cálculo no planeamento.
Costumamos usar o site www.ridewithgps.com/ para planear as etapas mas nem sempre nos dá o número certo de quilómetros.
A maior distância diária percorrida, o tempo que piorou (mais chuva e vento) e declives mais acentuados (por entre montes e vales) fez com que a viagem de regresso fosse mais exigente e cansativa.
Dia 6 - Figueiró do Campo - Abiúl (61 Km)
Tomamos a direção de Pombal e, antes de lá chegar, passámos pela Redinha e depois por Vérigo. Entre estes dois locais, a paisagem é lindíssima. Tem bastantes montes (o que implica mais subidas! ;)) e dá para ver a serra do Sicó.
Tínhamos planeado chegar a Arneiro mas já estávamos muito cansados e acabámos por pernoitar num olival, junto à estrada, perto de Abiúl.
Dia 7 - Abiúl - Golegã (79 Km)
Este foi o dia mais duro que tivemos!
Distância demasiado longa, muitas subidas, chuva alternada com muito calor e vento... Ufa!
O dia iniciou cedo e conseguimos começar a pedalar pelas 8h30 (1h antes do nosso horário normal).
Até ao Agroal (Rio Nabão) andámos a um bom ritmo mas, a partir daí, começaram as subidas e a chuva forte e isso atrasou-nos bastante.
Prosseguimos até Tomar e ficámos felizes por existir uma grande descida à entrada da cidade que nos permitiu aliviar algum do cansaço deste dia.
Tomar, é daquelas cidades lindas onde dá vontade de ficar mais tempo...
Mas como o plano era chegar à Golegã, acabámos apenas por ficar o tempo suficiente para almoçar num jardim e apanhar mais uma molha de chuva muito forte! :)
Para sair de Tomar sobe-se um pouco. A partir daí, andámos mais uns 30 e tal quilómetros até chegar à Golegã, o que aconteceu pelas 18h30.
Chegámos mesmo muito cansados... Tivemos a recompensa de poder usar a sala de convívio do parque de campismo para jantar. Como não havia mais campistas no parque, a sala ficou só para nós.
Tinha uma mesa para comer, sofás super confortáveis e estava tão quentinha que só apetecia dormir ali.
Dia 8 - Golegã - Valada (61 Km)
Acordámos um mais tarde que o habitual e só começámos a pedalar às 10h30... bem devagar!
Valeu-nos ter um percurso quase sempre plano pela frente (a única subida é para Santarém) e muito menos chuva.
Pedalámos sempre ao lado do Rio Tejo e, depois de Santarém, "fujimos" da Estrada Nacional n.º 3 (que é bastante movimentada) para entrar numa estrada pequenina de acesso aos campos agrícolas da Lezíria Ribatejana, bem mais calma.
Assim, a viagem voltou ao seu ritmo tranquilo e até deu para fazer um par de paragens para apanhar tomate e uvas para o jantar ;)
Alguns quilómetros depois, chegámos a Valada e decidimos ficar ali a dormir, embora o plano inicial fosse chegar à Azambuja... Ficámos num parque muito bonito junto ao Rio Tejo onde nos disseram que podíamos acampar gratuitamente sem qualquer problema.
Dia 9 - Valada - Lisboa (73 Km)
Continuámos a pedalar pela Lezíria...
O início deste dia coincidiu com a rota do caminho para Fátima e Santiago, pelo que vimos vários peregrinos a percorrer o caminho a pé.
Como também já fizemos várias vezes o Caminho de Santiago, foi muito giro ver e cumprimentar cada uma das pessoas que se cruzavam connosco, desejando-lhes "Bom Caminho!" ;)
Fomos seguindo, calmamente, até à estação de comboios da Azambuja. E, a partir daqui, voltámos à movimentada Estrada Nacional n.º 3... Nem por ser Sábado, nos livrámos de apanhar muito trânsito.
Percorremos a zona industrial entre a Azambuja e o Carregado - cerca de 10 km - e depois continuámos por Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Alverca, Póvoa de Santa Iria e Sacavém.
Até chegar finalmente à zona do Parque das Nações com a sensação de missão cumprida!!
Sabe sempre bem voltar a casa...
Sobretudo quando se traz o coração cheio das coisas boas que a viagem nos deu!! :) Soube mesmo bem, viajar assim outra vez! E vai saber sempre bem a cada nova viagem! Mesmo quando chegamos com o corpo dorido, a pele queimada do sol e com várias picadas de melgas a fazer-nos coçar sem parar!!
Cada viagem é a soma positiva das várias experiências que se sucedem a cada dia, dos desafios e das provas superadas, na certeza de que os sorrisos são muitos, a mente se abre ao novo e o corpo se fortalece!!
E, assim, tudo é bom! :)
Iniciámos o caminho de regresso depois de três dias de "papo para o ar".
O CAMINHO DE REGRESSO - FIGUEIRÓ DO CAMPO // LISBOA
Na viagem de regresso fizemos etapas maiores... Não porque quiséssemos andar muito mais, mas porque cometemos uns quantos erros de cálculo no planeamento.
Costumamos usar o site www.ridewithgps.com/ para planear as etapas mas nem sempre nos dá o número certo de quilómetros.
A maior distância diária percorrida, o tempo que piorou (mais chuva e vento) e declives mais acentuados (por entre montes e vales) fez com que a viagem de regresso fosse mais exigente e cansativa.
Dia 6 - Figueiró do Campo - Abiúl (61 Km)
Tomamos a direção de Pombal e, antes de lá chegar, passámos pela Redinha e depois por Vérigo. Entre estes dois locais, a paisagem é lindíssima. Tem bastantes montes (o que implica mais subidas! ;)) e dá para ver a serra do Sicó.
Tínhamos planeado chegar a Arneiro mas já estávamos muito cansados e acabámos por pernoitar num olival, junto à estrada, perto de Abiúl.
Abiúl |
Dia 7 - Abiúl - Golegã (79 Km)
Este foi o dia mais duro que tivemos!
Distância demasiado longa, muitas subidas, chuva alternada com muito calor e vento... Ufa!
O dia iniciou cedo e conseguimos começar a pedalar pelas 8h30 (1h antes do nosso horário normal).
Até ao Agroal (Rio Nabão) andámos a um bom ritmo mas, a partir daí, começaram as subidas e a chuva forte e isso atrasou-nos bastante.
Prosseguimos até Tomar e ficámos felizes por existir uma grande descida à entrada da cidade que nos permitiu aliviar algum do cansaço deste dia.
Tomar, é daquelas cidades lindas onde dá vontade de ficar mais tempo...
Mas como o plano era chegar à Golegã, acabámos apenas por ficar o tempo suficiente para almoçar num jardim e apanhar mais uma molha de chuva muito forte! :)
Para sair de Tomar sobe-se um pouco. A partir daí, andámos mais uns 30 e tal quilómetros até chegar à Golegã, o que aconteceu pelas 18h30.
Chegámos mesmo muito cansados... Tivemos a recompensa de poder usar a sala de convívio do parque de campismo para jantar. Como não havia mais campistas no parque, a sala ficou só para nós.
Tinha uma mesa para comer, sofás super confortáveis e estava tão quentinha que só apetecia dormir ali.
Sala de Convívio do parque de campismo da Golegã |
Dia 8 - Golegã - Valada (61 Km)
Plantação de Tomate na Lezíria |
Valeu-nos ter um percurso quase sempre plano pela frente (a única subida é para Santarém) e muito menos chuva.
Pedalámos sempre ao lado do Rio Tejo e, depois de Santarém, "fujimos" da Estrada Nacional n.º 3 (que é bastante movimentada) para entrar numa estrada pequenina de acesso aos campos agrícolas da Lezíria Ribatejana, bem mais calma.
Assim, a viagem voltou ao seu ritmo tranquilo e até deu para fazer um par de paragens para apanhar tomate e uvas para o jantar ;)
Valada |
Alguns quilómetros depois, chegámos a Valada e decidimos ficar ali a dormir, embora o plano inicial fosse chegar à Azambuja... Ficámos num parque muito bonito junto ao Rio Tejo onde nos disseram que podíamos acampar gratuitamente sem qualquer problema.
Dia 9 - Valada - Lisboa (73 Km)
Continuámos a pedalar pela Lezíria...
Como também já fizemos várias vezes o Caminho de Santiago, foi muito giro ver e cumprimentar cada uma das pessoas que se cruzavam connosco, desejando-lhes "Bom Caminho!" ;)
Fomos seguindo, calmamente, até à estação de comboios da Azambuja. E, a partir daqui, voltámos à movimentada Estrada Nacional n.º 3... Nem por ser Sábado, nos livrámos de apanhar muito trânsito.
Percorremos a zona industrial entre a Azambuja e o Carregado - cerca de 10 km - e depois continuámos por Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Alverca, Póvoa de Santa Iria e Sacavém.
Até chegar finalmente à zona do Parque das Nações com a sensação de missão cumprida!!
Sabe sempre bem voltar a casa...
Sobretudo quando se traz o coração cheio das coisas boas que a viagem nos deu!! :) Soube mesmo bem, viajar assim outra vez! E vai saber sempre bem a cada nova viagem! Mesmo quando chegamos com o corpo dorido, a pele queimada do sol e com várias picadas de melgas a fazer-nos coçar sem parar!!
Cada viagem é a soma positiva das várias experiências que se sucedem a cada dia, dos desafios e das provas superadas, na certeza de que os sorrisos são muitos, a mente se abre ao novo e o corpo se fortalece!!
E, assim, tudo é bom! :)
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